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05/01/2016

A barreira invisível

Existe uma barreira invisível que separa quem nós queremos ser de quem nós somos hoje.

Essa barreira parece minar todo e qualquer tipo de esforço que fazemos para conseguir algo ou entrar em ação em direção a alguma coisa.

O que teria poder para tanto? O que é isso que nos separa daquilo que queremos? Por quê?

Tenho procurado qual seria o componente dessa tal barreira e quem sabe se nomeando facilitaria o entendimento a respeito e consequentemente eu descobriria a melhor forma de transpor isso.

Deparei-me então com algumas palavras, que não sei se juntas ou se separadas poderiam fazer dessa composição intransponível: medo, autosabotagem, apatia? Não sei, o que sei é que algo nos retém com a mesma força com que nos impulsionamos e nos lançamos para frente.

Depois de muito analisar acredito ter encontrado o componente de que é feito essa barreira, mais do que sentimentos ou o que qualquer palavra possa representar essa barreira sou EU.

Sim a parede invisível nada mais é do que o meu velho atual “EU”, o meu ego impedindo que eu corra o "risco de perder minha antiga identidade" ao afirmar, querer e buscar ser mais do que sou hoje. Luta essa que pode ser travada diariamente durante esse período.

Eu, você, nós temos a chave na mão. Consigo ultrapassar a barreira que sou EU sem explodi-la ou quebrá-la, mas para isso preciso esvaziar a mente, acolher meus medos, dizer ao meu "velho eu" que o amo, mostrar a ele tudo que há além da barreira nos aguardando e então entrar em ação.

Se soubermos não passar por cima de nós mesmos, respeitando nosso próprio tempo poderemos honrar esse "Eu" certo de que juntos seremos mais fortes, pois eu preciso de quem eu sou hoje para transcender para aquilo que eu quero ser amanhã e isso só acontece quando há gratidão, amor e reconhecimento a quem eu sou hoje.

A barreira invisível só desaparecerá quando nós escolhermos honrar todo o caminho até aqui, amar nossos medos e aceitá-los, deixar de se autocriticar para se automotivar, transformar as desculpas em ações, mesmo que tímidas e pequenas. O meu "velho eu" não precisa ser quebrado, ele precisar ser moldado, melhorado, adicionado, ele precisa de amor.

Amor, palavra chave.

Por Marina Godinho

 

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